quinta-feira, 28 de julho de 2011

Cavaleiro andante... (para meu amado amigo Gonga que partiu, sem aviso-prévio, e nos deixou procurando estrelas em pleno dia)

 No olhar de horizonte distante,
descubro ruas tortas e nuas.
Planícies de lembranças tantas...
montanhas vestidas de alturas,
calçadas em tuas botas de léguas, meu cavaleiro andante !

Verdes visgos, vórtices, visagens,
Moinhos que rodam ventos de ternuras...
Quereres grudados nas espirais do tempo,
girando nos olhos, na boca,
nas mãos de mel e fel das lonjuras.

Quantas batalhas ainda cingirão teus sonhos ?
Quantos rasgos me apartarão tua figura ?
Nada importa aos guerreiros senão querê-las,
enquanto no olho arregalado do céu que se mira,
houver o brilho daquela estrela .

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