quinta-feira, 28 de julho de 2011

...insensatez !

Nada do que se pensa, sente, é definitivo.
Como a água que cai nas rochas,
insidiosa, calmamente
e transforma em areia fina,
o que foi pedra imponente.

Tudo o que imaginamos ter é transitivo.
Passeia em nossas mãos,
serpenteando nossas vontades.
Caminha seu próprio rumo,
atravessa o sonho e então,
mente nossas verdades.

Procuramos mais que o instintivo,
o lógico, aquilo que arrasta,
para o sentido de nossos passos,
nossas dores, nosso buscar...
Nos enredamos nos laços,
imprevistos, invasivos laços de amar!

E brindamos à vida !
Ao que temos, sem nunca ter tido.
À surpresa já esperada.
Abraçamos o desconhecido,
com medo da emboscada.
Amamos no mais-que-perfeito,
definitivamente tudo.
Incautos, escancaramos o peito
e transitamos sem nada!

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