quinta-feira, 28 de julho de 2011

Os pássaros ...



                     Era uma vez dois pássaros que nasceram juntos. Um  o que “bica” (nossa linha de frente) e o outro, o que observa (nossa alma).
                     A passagem do tempo e as circunstâncias da vida, da história de cada um, fazem com que eles se afastem um do outro.
                     E, de repente nos perdemos em nós mesmos, na histeria da pressa do cotidiano. Bicamos, bicamos o tempo todo, ininterruptamente, frenéticos e perdidos.
                    Os pássaros tem a necessidade um do outro e nós precisamos tê-los juntos, dentro de nós, a casa original. Bicando e observando a cada dia. Descobrindo os novos caminhos, as diversas possibilidades de viver em plenitude.
                    Mas é preciso saber ouvir o que os pássaros tem pra falar.
                    Ouvir o silêncio entre cada suspiro!
                    Esvaziar-se numa pausa e encher-se de silêncio.
Transformar tudo em energia positiva e crescer.
                    O silêncio é uma benção. Ele nos permite ouvir a imensidão de Deus, da vida. A linha do horizonte de cada criatura, onde o céu e o mar tornam-se uma coisa só.
                    Um encontro de azuis de águas e céu num momento mágico. Um abraçando o outro escutando o barulho das águas dançando num chão celeste de estrelas.
                    E já não existem lacunas, mas uma criatura inteira, pronta para o “pulo no escuro” de surpresas da plenitude da vida.
                   Vida repleta de tantos outros pássaros que voam ao nosso redor e que tem tanto a nos dizer.
E como é importante ouvi-los! Senão perdemos a chance de conhecê-los.
                   Juntos é mais fácil exercitar a conjugação de três verbos essenciais: ser, conhecer e experimentar.
                   Viver um pouco de cada um o tempo todo na busca do equilíbrio ideal na arte de viver, transmitir , construir conhecimento, enredar-se nos laços da paz.

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