quarta-feira, 27 de julho de 2011

Céu no chão... (para Zoé Degani e sua arte)

Existem lembranças de rosas vermelhas, aprisionadas em gelo...
Encarceradas na transparência ardilosa da água fria.
Estilhaçadas na força do gesto derradeiro,
Libertas das armadilhas de uma Babel que nos reuniu um dia!
Vaga o tempo das imagens, dos risos rasgados, dos momentos cansados de tanta agonia,
de euforia...
De um abrir e fechar cortinas bêbadas.

Existe a beleza da alma encarcerada em carne e ossos,
Que se esguelha por entre olhos, entre dedos...
Entre a mãe e a cria.
Gerando o espasmo contemplativo da obra parida!
São momentos de sal e mel.
Veste-se de azul o concreto,
pela força da criação.
Nos embebeda o olhar, um céu...aqui no chão!

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